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Região fechou 2015 com destruição líquida de vagas de trabalho em todos os setores
29/02/2016 13:54 em Economia e Negócios
Ao todo, foram 10.234 vagas destruídas em dezembro, praticamente o dobro do registrado no mesmo período de 2014

 

região de Ribeirão Preto registrou destruição líquida de vagas em todos os setores em dezembro de 2015. Ao todo, foram 10.234 vagas destruídas, praticamente o dobro do registrado no mesmo período de 2014.

De acordo com o Boletim Mercado de Trabalho do Ceper/Fundace, a região, de forma contrária aos cenários nacional e estadual, apresentou um primeiro semestre positivo ao longo de 2015. Entretanto, a partir de junho passou a registrar saldos consecutivos de destruição de vagas, tendo dezembro como um dos piores resultados.

No acumulado de janeiro a dezembro, foram 12.119 vagas destruídas, com desempenho ruim em praticamente todos os setores, com exceção da Agropecuária, que no período apresentou saldo líquido de 1.734 vagas criadas.

Tanto em dezembro como no acumulado de 2015, o setor que registrou maior destruição líquida de vagas na região foi a Indústria.

No município de Ribeirão Preto, dezembro foi o nono mês de desempenho desfavorável ao longo de 2015, com destruição de postos de trabalho em todos os setores analisados. Foram 2.520 vagas destruídas, com destaque para o saldo negativo de 1.281 postos somente no setor de serviços, um dos mais relevantes da cidade. Este resultado é explicado, em sua maioria, pelas demissões nos segmentos do Ensino Fundamental, Transporte Rodoviário de Carga e Educação Superior – Graduação, como mostra a pesquisa.

Já no acumulado do ano, Ribeirão Preto registrou saldo líquido de mais de 6.500 postos de trabalho destruídos, forte piora frente ao quadro já pouco favorável de apenas 914 vagas criadas ao longo de 2014.

Sertãozinho também encerrou dezembro de 2015 com desempenho desfavorável quando comparado ao mesmo mês de 2014. Embora os setores de Comércio e de Agropecuária tenham registrado saldos positivos, o saldo geral foi de mais de 1.100 demissões líquidas. O setor industrial foi o mais impactado no período: somente o segmento de Fabricação de Açúcar em Bruto foi o responsável pela destruição de 645 postos de trabalho no setor.

No acumulado do ano de 2015, foram mais de 3.600 demissões líquidas, o que também representa forte piora frente ao total de demissões líquidas que já havia sido registrado durante todo o ano de 2014.

Em Franca, dezembro foi o mês que registrou o maior montante de postos de trabalho destruídos do ano: 6.926 demissões. O setor industrial foi principalmente impactado pela Fabricação de Calçados de Couro que, sozinho, registrou 4.845 demissões.

No acumulado de janeiro a dezembro, o município registrou destruição líquida de 4.385 vagas, sendo que em 2014 este saldo também havia sido negativo, mas da ordem de quase 1.800 vagas destruídas.

Assim como a região de Ribeirão Preto, o município de Campinas registrou demissões em todos os setores em dezembro de 2015, sendo Serviços o de pior desempenho. No período, foram mais de cinco mil vagas destruídas, montante que, curiosamente, não é muito diferente do total de vagas destruídas em dezembro de 2014.

No acumulado de 2015, foram registradas mais de 16 mil demissões líquidas, saldo significativamente pior do que as mais de três mil vagas que já haviam sido destruídas durante todo o ano de 2014.

São José do Rio Preto também contabilizou em dezembro de 2015 demissões em todos os seus setores, sendo Serviços o responsável pelo maior número de demissões. Entre os segmentos que mais contribuíram para o baixo desempenho do setor estão Ensino Fundamental, Serviços de Assistência Social sem Alojamento e Atividades de Cobranças e Informações Cadastrais. No mês, foram 2.169 vagas de trabalho destruídas, uma piora frente às mais de 1.700 vagas que já haviam sido destruídas em dezembro de 2014.

No acumulado de 2015, por sua vez, o saldo é de quase 2.900 vagas destruídas, uma forte reversão frente ao saldo positivo de mais de 2.600 vagas que haviam sido criadas durante o ano de 2014.

O Boletim está disponível para acesso no site da Fundace: www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201602_00187.pdf

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