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Balé da Cidade de São Paulo faz grandiosa e rara montagem da 1ª Sinfonia de Mahler
02/09/2016 19:27 em Arte

Espetáculo será  montado pelo renomado diretor italiano Stefano Poda e estreia no Theatro Municipal em 10 de setembro; Temporada segue nos dias 11,13,14 e 15.     

 

O novo espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo será diferente de tudo que a companhia já produziu até agora. Projeto autoral do aclamado diretor italiano Stefano Poda, Titã é uma obra ambientada em um cenário que em nada perde para as óperas encenadas no Theatro Municipal de São Paulo ou em qualquer outro grande palco do  mundo. A temporada  começa no dia 10 de setembro,  às 20h, no palco do  Municipal, e segue nos dias 11,  às 17h, e 13, 14 e 15  às 20h. A Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência do maestro residente Eduardo Strausser, acompanhará  todas as apresentações.   

Titã é o título da primeira sinfonia escrita por Gustav Mahler, sendo a primeira obra sinfônica completa do compositor austríaco interpretada pelo Balé da Cidade de São Paulo. “Mahler é hoje um dos compositores sinfônicos mais executados no mundo, as orquestras tocam mais do que Beethoven e Mozart porque a sua música dialoga com o mundo contemporâneo”, comenta Strausser. Em conjunto com o maestro e os bailarinos, Poda tem procurado a melhor forma de passar uma imagem poética-visual da sinfonia. 

O diretor italiano já produziu cerca de 100 espetáculos na Europa, América do Sul, América Central e Estados Unidos. Em 2015, montou Thaïs, de Jules Massenet, no Theatro Municipal com a participação da companhia. A peça estreou em 2008 no Teatro Regio di Torino, na Itália. Em 2012, a montagem  foi considerada  pela BBC Music Magazine uma das vinte melhores dos  últimos 20 anos.  Com cenários que chegavam a ser hipnotizantes, o público tinha a sensação de que,  a cada ato, estava diante de um belo quadro. A dança, a música e a iluminação,  aliadas ao  primor dos detalhes do cenário, convergiam para uma expressão de arte total. 

Após o sucesso da temporada e o entrosamento entre Poda e a companhia, a diretora artística do Balé da Cidade de São Paulo, Iracity Cardoso, o convidou a criar uma obra apenas para o grupo. “Titã é fruto de uma ótima colaboração com o Balé da Cidade de São Paulo. O espetáculo vai mostrar a versatilidade e entrega dos nossos excelentes bailarinos. Além do mais, trabalhar com o Stefano é um desafio porque as propostas vêm sempre carregadas de um sentido, expressão intensa e exigentes qualidades artísticas”.

Além deste novo trabalho, Poda montará Foscaópera de Antônio Carlos Gomes. As récitas acontecem em dezembro e encerram a temporada de 2016 do Theatro Municipal, com a participação também do Balé da Cidade. Para os dois espetáculos, o italiano assina a direção de cena, cenografia, desenho de luz, figurinos e coreografia

Titã

Considerado pela imprensa internacional como um artesão” devido a sua forte ligação com a estética, o diretor italiano diz que Titã será um espetáculo onde todas as artes conversam. Nãé uma trilha sonora e em cima dela vem uma coreografia. É uma oportunidade de fazer uma viagem através das emoções, desde as mais extremas às mais simples. É uma reflexão sobre o nosso tempo, nossa vida, explica. Para quem construiu sua carreira com as riquezas das óperas, o novo espetáculo, sem as amarras do libreto, tem um significado especial, pois permite uma liberdade de criação que não existe nas temporadas líricas.

O espetáculo se desenrolará  em uma instalação de arte contemporânea, que dará  uma ideia de efêmero, passageiro. No palco uma menina constrói castelos de areia na praia. A cada dia, a maré   chega e desmancha.  Teremos uma praia de arroz enorme. Por que o arroz e não a areia? A areia fica e o arroz se dilui. É o reflexo do nosso mundo em que os momentos sempre fogem”.

Provocador em suas montagens, o italiano gosta que o público seja espectador de si mesmo. Ofereço apenas uma lente para que ele se olhe... quero que as pessoas se deixem levar, não pensem”.

Pela primeira vez na história da companhia, todos os 34 bailarinos estarão em cena durante os 70 minutos de espetáculo. O palco para mim é o lugar mais democrático da vida, o protagonismo é resultado do talento”.

A confecção do figurino ficará a cargo de João Pimenta que já trabalhou com a companhia em diversas outras ocasiões: Brasileiros (2015); T.A.T.O (2012) e Paraíso Perdido (2011). 
Arthur Costa
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Titã
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SERVIÇO

Fundação Theatro Municipal de São Paulo apresenta:

Balé da Cidade de São Paulo em Titã

Stefano Poda, direção, coreografia, cenário, desenho de luz e figurino

Orquestra Sinfônica Municipal

Eduardo Strausser, regência 

GUSTAV MAHLER

Sinfonia no 1 em Ré Maior -  Titã

10/09 sáb 20h/ 11/09 dom 17h / 13/09 ter 20h / 14/09 qua 20h/ 15/09 qui 20h

Theatro Municipal de São Paulo 

Capacidade: 1.500 lugares

Duração: 70 minutos

Ingressos: De R$ 25 a 90 (com meia-entrada para aposentados, maiores de 60 anos, professores da rede pública e estudantes)

Vendas na bilheteria do Theatro Municipal e no site  compreingressos.com 

* Programação sujeita a alterações.

 

Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº.
Telefone +55 11 3053 2100 / Bilheteria +55 11 3053 2090
Ingressos: R$ 25 a R$ 90 – meia-entrada para estudantes.
Capacidade: 1.500 lugares
Duração: 70 minutos aproximadamente
http://www.compreingressos.com/theatromunicipaldesaopaulo
 

Bilheteria do Theatro Municipal
De segunda a sábado das 10h às 19h.
Domingo das 10h às 17h.
Nos espetáculos à noite, até o início do evento;
Em dias de espetáculos pela manhã, a partir das 9h.

 

TEXTOS DE APOIO

BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

O Balé da Cidade de São Paulo foi criado em 07 de Fevereiro de 1968, com o nome de Corpo de Baile Municipal. Em 1974 sob a direção Antonio Carlos Cardoso, a companhia assumiu o perfil de dança contemporânea que mantém até hoje. A partir daí tornou-se presença destacada no cenário da dança sul-americana, marcando época por inovar a linguagem e mostrar ao público um elenco afinado.

Em 25 de Setembro de 1981 passou a se chamar Balé da Cidade de São Paulo. A bem sucedida carreira internacional da companhia teve início com sua participação na Bienal de Dança de Lyon, França, em 1996. Desde então suas turnês europeias têm sido aclamadas tanto pela crítica especializada quanto pelo público de todos os grandes teatros onde se apresenta consagrando-a no cenário mundial da dança.

Desde 2001, a atuação do Balé da Cidade de São Paulo se estende também em programas de formação de plateia e de ações culturais paralelas, principalmente em mostras didáticas pela cidade de São Paulo, partilhando seu patrimônio artístico com a população da cidade.

A longevidade do Balé da Cidade de São Paulo, o rigor e padrão técnico de seu elenco e equipe artística, atraem os mais importantes coreógrafos brasileiros e internacionais interessados em criar obras para seus bailarinos e artistas.

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo remonta a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Municipal, por meio da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São Paulo. Em mais de 90 anos de história, a Orquestra tocou sob a regência de maestros como Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, além de Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani, além de vários compositores regendo suas obras, como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki. Solistas de renome se apresentaram com o grupo, como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início de 2013 a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem como diretor artístico o maestro John Neschling.

 

IRACITY CARDOSO 

DIRETORA ARTÍSTICA DO BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

Formada pela Escola de Dança de São Paulo, teve sua primeira experiência internacional como bailarina em 1964/67, na Alemanha, França e México. Foi professora do Ballet Stagium.

Em 1980 foi assistente de direção e bailarina no Ballet Du Grand Theatre de Genebra. Oito anos depois se tornou Diretora Artística Adjunta. Depois de 1996 passou a trabalhar como Diretora Artística do Ballet Gulbenkian em Portugal.

Retornou ao Brasil e em 2006/07 assumiu o posto de Assessora de Dança da SMC de SP, onde reativa o Centro de Dança da Galeria Olido. De 2008 a 2012, atuou como Diretora Artística Fundadora da São Paulo Companhia de Dança. Desde 2013 é diretora Artística do Balé da Cidade de São Paulo.

 

EDUARDO STRAUSSER

REGÊNCIA

Desde agosto de 2014, Eduardo Strausser é assistente do maestro John Neschling e regente residente do Theatro Municipal de São Paulo. Nesta temporada, Strausser regeu La Bohème, de Puccini; , e regerá Elektra, de Richard Strauss; , e Fosca, de Carlos Gomes.

No Theatro Municipal de São Paulo, dirigiu grandes artistas, como Gregory Kunde, Vitalij Kowaljow, Andrei Bondarenko, Lana Kos e Svetlana Aksenova. Regeu orquestras como a Kurpfälzischen Kammerorchester, de Mannheim, a Orquestra Sinfônica de Berna, a Südwestdeutsche Philharmonie de Konstanz, a Berliner Camerata e o Festival de Cordas de Lucerna; com a Meininger Hofkapelle, dirigiu A Flauta Mágica, de Mozart. 

Este ano, Strausser fez sua estreia com a Orchestra Filarmonica del Teatro La Fenice, de Veneza, estreará e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e retornará à Berliner Camerata e ao Teatro Verdi de Padova. Entre 2012 e 2014, foi diretor artístico da Orchesterverein Wiedikon e da Kammerorchester Kloten, em Zurique. 

Nascido em São Paulo, em 1985, Strausser estudou na Zürcher Hochschule der Künste, onde recebeu com distinção os títulos de mestre e especialista na classe do renomado Professor Johannes Schlaefli. Em 2007, passou o verão em Kürten, Alemanha, onde estudou análise e interpretação com Karlheinz Stockhausen. 

Participou de masterclasses com Bernard Haitink e David Zinman, na Suíça, e com Kurt Masur, em Nova York. Em 2008, foi selecionado para participar do prestigiado Fórum Internacional de Regentes do Ferienkurse für Neue Musik em Darmstadt, onde teve a oportunidade de trabalhar com compositores como György Kurtág e Brian Ferneyhough.

 

STEFANO PODA

DIREÇÃO CÊNICA, CENOGRAFIA, FIGURINOS,
ILUMINAÇÃO E COREOGRAFIA

Stefano Poda conta com uma centena de montagens, marcadas por um estilo único, original e contemporâneo. Para dar à interpretação operística a unidade estética e conceitual de um teatro fundado na totalidade das artes e visando uma percepção integral, plástica e rica de imagens, Stefano Poda se ocupa das diversas dimensões de suas montagens: direção, cenografia, figurino, iluminação e coreografia.

Em 2014, Stefano Poda assinou a inauguração do 77° Festival do Maggio Musicale Fiorentino, com a nova produção deTristão e Isolda de Richard Wagner, sob a regência de Zubin Mehta. Em 2015, concebeu Fausto no Teatro Regio de Turim (numa coprodução com a Israeli Opera de Tel Aviv e da Ópera de Lausanne), Otello na Ópera de Budapeste, Nabucco no Teatro Verdi em Trieste, Andrea Chénier na Ópera Nacional da Coréia. Em 2016, prepara Ariodante no Ópera de Lausanne; Elisir d’Amore no Ópera Nacional de Rhin; Titã e Fosca no Theatro Municipal de São Paulo.

Entre suas muitas produções, destacam-se Thaïs no Teatro Regio de Turim, em 2008, gravada pela RAI/Arthaus; Falstaffna Opéra Royal de Wallonie-Liège, em 2009, transmitido ao vivo em 200 cinemas nos EUA e na Europa (RAI/ Dynamic); Il Concilio dei Pianeti de Albinoni com o Solisti Veneti (Unitel); La Forza del Destino, abertura da temporada do Teatro Regio de Parma, em 2011, (Unitel) e do Festival Verdi de 2014; Il Trittico de Puccini, no Teatro Colón de Buenos Aires, em 2011; Leggenda no Teatro Regio de Turim e festival MITO, em 2011; Maria Stuarda na Ópera de Graz, em 2012, e na ABAO de Bilbao, em 2013; Il Trovatore para abertura do Festival Herodes Atticus em Atenas, em 2012; Atilla no St.Galler Festspiele, em 2013; Don Carlo na abertura da temporada 2013/14 do Theater Erfurt.

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