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Ganhador do Prêmio César 2023, "A noite do dia 12" é tema do Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS
04/08/2023 08:25 em Cinema

Sessão seguida por debate acontece no dia 8 de agosto, com entrada gratuita. O programa é uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som, a SBPSP e Folha de S.Paulo 

 

Homem andando com montanha ao fundo

Descrição gerada automaticamente

Cena do longa-metragem "A noite do dia 12" (Divulgação)

Ciclo de Cinema e Psicanálise (programa gratuito realizado pelo MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Folha de S.Paulo e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo - SBPSP) traz, mensalmente, sessão de filme seguida por debate com especialistas no tema apresentado pela obra. A curadoria e a mediação da conversa são de Luciana Saddi, coordenadora de cinema e psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP.  

 

Na edição de agosto, que acontece no dia 8, terça-feira, o MIS exibe o filme "A noite do dia 12", dirigido pelo francês Dominik Moll. O longa-metragem venceu o Prêmio César 2023 em seis categorias, incluindo os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor. Após a sessão, Luciana Saddi media um bate-papo sobre a produção com a jornalista Fernanda Mena e a psicanalista Renata Zambonelli. 

 

Sobre o filme "A noite do dia 12"

(dir. Dominik Moll, França, 2022, 114 min, 16 anos)

Diz-se que todo investigador tem um crime que o persegue, um caso que o machuca mais do que os outros, sem que ele necessariamente saiba o porquê. Para Yohan, esse caso é o assassinato de Clara. 

 

Sobre as debatedoras 

Renata Zambonelli é psiquiatra, psicanalista e mãe. Atualmente, é membro filiado da SBPSP e curadora do Observatório Psicanalítico da FEBRAPSI. 

 

Fernanda Mena é mestre em Sociologia e Direitos Humanos pela LSE (London School of Economics) e doutora em Relações Internacionais pela USP (Universidade de São Paulo). É autora de pesquisas sobre política de drogas e de reportagens sobre temas ligados a direitos humanos, como segurança pública, desigualdade e diversidade. Foi editora da Ilustrada e do suplemento jovem Folhateen (1991-2011), integrou equipes da revista piauí, do Fantástico (TV Globo) e do UOL. 

 

Sobre a mediadora 

Luciana Saddi é psicanalista e escritora. É membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, mestre em Psicologia pela PUC-SP e diretora de cultura e comunidade da SBPSP (2017/2020). É autora de “Educação para a morte” (Ed. Patuá), coautora dos livros “Alcoolismo – série o que fazer?” (Ed. Blucher) e “Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso”. É fundadora do Grupo Corpo e Cultura e coordenadora do programa de cinema e psicanálise da diretoria de cultura e comunidade da SBPSP em parceria com o MIS e a Folha de S.Paulo. 

 

"A noite do dia 12" por Luciana Saddi

A noite do dia 12, de Dominik Moll, vencedor do prêmio César, é um filme de suspense e de investigação policial, cujo roteiro prende o espectador numa trama de interrogações sem respostas. Não se trata apenas de desvendar o brutal assassinato da jovem Clara Royer, vai além de descobrir o culpado pelo crime. O processo de investigação retrata, progressivamente, o machismo estrutural e os frequentes preconceitos que mulheres e mulheres vítimas de crimes sofrem no âmbito policial e na sociedade em geral. 

 

O investigador Yohan Vivès (Bastien Bouillon) perde-se em círculos e não encontra saída para o material recolhido nas diligências. Evidências, entrevistas e interrogatórios extraídos das relações familiares e intimas da vítima mapeiam a vida amorosa e sexual da jovem Clara, mas não levam ao assassino. Da procura agônica e estéril, é possível identificar outra dimensão da trama: as relações de poder entre homens e mulheres. Desigualdade entre os gêneros, desejo sexual e frustrações são elementos explorados que expõem o ódio à mulher e, principalmente, à que deseja sexo livremente – a violência naturalizada contra a mulher. 

 

Em camadas profundas da psique individual e social, o tabu da virgindade e outras formas de dominação resistem. Freud, no ensaio Tabu da virgindade (1918), considerou que o tabu era instituído como reação ao medo. O medo de submissão/castração do homem diante do poder sexual da mulher justificaria tamanha violência? Se assim for, torna-se impossível identificar ou punir o assassino que ateou fogo em Clara, porque poderia ser qualquer um."

 

Serviço | Ciclo de cinema e Psicanálise – "A noite do dia 12" 

Local: Auditório MIS (172 lugares) | Museu da Imagem e do Som – MIS

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data e horário: 8.08, às 19h 

Ingresso: Gratuito (disponível na bilheteria do museu uma hora antes da sessão) 

Classificação indicativa: 16 anos 

 

Núcleo de Cinema do MIS tem como Patrono o Goldman Sachs.A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedoras as empresas Youse e B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group e Telium. 

 

Sobre o Clube MIS 

O Clube MIS é o programa de sócios do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Sendo membro, você possui acesso livre a todas as exposições do MIS e do MIS Experience, desconto nos Cursos MIS e benefícios em mais de 40 instituições parceiras, incluindo museus, teatros, cinemas, casas de show e muito mais! Conheça: clubemis.com.br 

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