Para celebrar a data, pedagoga reforça a importância de pais e escola estimularem o hábito de ler em crianças e adolescentes por meio de ações lúdicas e adequadas a cada fase de ensino

O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro porque nesse dia, em 1810, foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, situada no Rio de Janeiro. Um extenso acervo da Real Biblioteca Portuguesa veio para a biblioteca, que é a maior da América Latina, além de ser considerada pela UNESCO uma das dez maiores do mundo. A data busca homenagear a importância da leitura para o desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos. No entanto, viver na era digital, com uso massivo de dispositivos e da internet, incorporar o hábito de ler pode se tornar bastante desafiador e precisamos pensar na tecnologia como nossa aliada.

Segundo pesquisa divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, cerca de 155 milhões de pessoas a partir dos 10 anos, possuem um celular para uso pessoal. Em contrapartida, nos últimos quatro anos, o Brasil perdeu mais de 4,6 milhões de leitores, conforme aponta o levantamento “Retratos da Leitura no Brasil”, realizado entre 2019 e 2020 pelo Instituto Pró-Livro. Segundo a pesquisa, um dos principais motivos é justamente o tempo gasto com internet e redes sociais, especialmente entre brasileiros com ensino superior e de maior poder aquisitivo.

Para um de cada três entrevistados, o incentivo de terceiros foi fundamental para que eles tivessem de fato o hábito da leitura. Os professores, ainda de acordo com a pesquisa, são os maiores incentivadores, representando 11%, seguido de mães, com 8%, e depois os pais, com 4%. 

Considerando esse cenário, Regina Alves, pedagoga e fundadora da Rede Decisão, grupo educacional responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”), reforça a importância de estimular o hábito da leitura desde criança, para o desenvolvimento dos processos de aprendizagens. “Pesquisas ao redor do mundo comprovam que ler contribui significativamente para compreender, sintetizar, analisar e criar conjecturas, além de interpretar o mundo com seus próprios olhos. Por isso, desenvolver projetos criativos que estimulem a leitura ainda na primeira infância é fundamental para que esse hábito não se perca em meio ao digital e conforme a criança cresça”, diz.

Incentivo das escolas 

É importante priorizar a leitura em sala de aula, porque isso ajuda incluir esse hábito para além dos muros da escola. Pensando nisso, a pedagoga elenca algumas ações que podem começar com os professores, em diferentes fases do ensino, e ser incorporadas pelas famílias e responsáveis. A ideia é criar recursos lúdicos e divertidos, que configuram maior engajamento dos alunos. Confira a seguir.

·       Educação infantil e intercâmbio literário entre alunos: trata-se de um empréstimo de livros entre as turmas. Cada família pode enviar à escola um livro apropriado para a faixa etária. Na sala de aula, os pequenos leitores trocam os livros entre si e podem conversar, trocar experiências sobre as leituras e histórias.

·       Ensino Fundamental (anos iniciais): crie um "passaporte" para os alunos, que será uma espécie de documento com todos os registros das leituras concluídas, que podem ser desenhos ou poemas. À medida que o estudante lê os livros, o professor ou familiar pode carimbar esse passaporte, indicando que essa criança já "viajou" para diferentes lugares, dentro do universo da leitura. Deixar os livros paradidáticos expostos nos corredores da escola para fácil acesso com adesivo na primeira página orientando as crianças a após a leitura, caso tenham gostado, indicar a leitura para um colega ou devolverem esses livros ao lugar onde os encontraram, também potencializa o hábito da leitura.

·       Ensino Fundamental (no 5º ano): o aluno pode criar sua autobiografia, de acordo com as orientações e diretrizes dos professores. A obra pode ser impressa e entregue aos familiares e responsáveis com uma “noite de autógrafos”, ao fim do ano letivo.

·       Ensino Fundamental - anos finais e Ensino Médio: com mais maturidade, os alunos dessa fase podem se aventurar com os materiais paradidáticos, que são livros e obras mais densos, geralmente de autores renomados e que trazem conceitos mais profundos. É importante estabelecer um cronograma dessas leituras e organizar atividades como momentos de discussão e atividades lúdicas, para desenvolver a interpretação e o senso crítico dos jovens.

·       Estimular a leitura, mesmo que em dispositivos digitais: é preciso também que os pais se atualizem em relação a alguns conceitos, como a leitura em dispositivos digitais. Isso, muitas vezes, permite, ainda, a leitura de uma quantidade ainda maior de livro. A missão dos pais é estimular a leitura, seja de maneira física ou digital. O leitor, estudante no caso, só tende a sair melhor e mais sábio dessa experiência.

Sobre a Rede Decisão    

A Rede Decisão é um grupo educacional brasileiro fundado em 1984 e responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”). O grupo tem 16 unidades localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. E, atualmente, conta com cerca de 8.000 alunos. A companhia educacional também prepara alunos para o Ensino Superior, o desenvolvimento pessoal e profissional, promove um ambiente de diversidade e busca criar impacto positivo nas comunidades do entorno.