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MOSTRA 90 ANOS DE JEAN PAUL BELMONDO (31 de maio a 04 de junho)
24/05/2023 19:40 em Arte

ACESSE AQUI Grade de programação, ficha técnica dos títulos e fotos

Ator-fetiche do movimento Nouvelle Vague, Jean-Paul Belmondo faria 90 anos em 2023. Seu estilo de atuação lacônico e sutil deram vida a inúmeros personagens marcantes do cinema francês sob a lente de diretores como Peter Brook, Jean-luc Godard, François Truffaut, Louis Malle, Jean-Pierre Melville, Claude Chabrol e Vittorio De Sica. Caras durões, vigaristas, padres e paródias de 007. Apesar de frequentemente comparado a Humphrey Bogart, Marlon Brando e James Dean, seu charme zombeteiro e distante tornaram Belmondo uma presença única nas salas de cinema. Para prestar homenagem aos seus 90 anos, a Cinemateca Brasileira traz ao público 10 longas-metragens protagonizados pelo ator. As sessões são gratuitas e os ingressos são distribuídos na bilheteria uma hora antes do início de cada sessão.

Palestra “Jean-Paul Belmondo e a reinvenção moderna do jogo autoral”, com Pedro Guimarães

Inicialmente identificado com a Nouvelle Vague, o trabalho de Jean-Paul Belmondo no cinema ultrapassa, no entanto, o movimento estético que reinventou o modo de se estar no cinema para atores e atrizes. O jogo de Belmondo, que se iniciou antes da revolução via Godard, Truffaut e seus companheiros, trazia o frescor do jogo burlesco e descompromissado de regras morais, lembrando bastante os atores cômicos do período do cinema silencioso. Ao mesmo tempo, Belmondo foi chamado a interpretar grandes papéis no cinema policial, retomando cânones do gênero de inspiração americana num momento em que os gêneros eram questionados e revisitados por novos cineastas.

Pedro Guimarães é professor e pesquisador do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), autor do livro Helena Ignez, atriz experimental (em coautoria com Sandro de Oliveira, Sesc Ed, 2021), coordenador do GEAs (Grupo de Estudos sobre o Ator no Audiovisual) e desenvolve pesquisas sobre estudos atorais, gêneros cinematográficos e história e estética do cinema e do audiovisual.

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MOSTRA +, TERCEIRA IDADE QUEER (01 a 04 de junho)

ACESSE AQUI Grade de programação, ficha técnica dos títulos e fotos

A representatividade LGBTQIA+ no cinema tem crescido a cada ano. Jovens orgulhosos se apaixonam, brigam, se divertem, enfrentam preconceitos, transam e crescem nas telas. Crescem, mas poucos envelhecem. É raro assistir a filmes queer cujos protagonistas tenham mais de 50 anos. Idosxs LGBTQIA+ ainda são tabu na sétima arte.

Personagens mais velhas são frequentemente empurradas às margens das narrativas ou relegadas a estereótipos negativos. Suas questões parecem girar quase que exclusivamente em torno da preocupação com a saúde, da solidão e da proximidade com a morte. Para começar a desmantelar o preconceito de idade que aflige não só o audiovisual, mas a própria comunidade LGBTQIA+, a Cinemateca Brasileira traz ao público uma seleção de filmes de diversos países e décadas. Com histórias que trazem lutas, medos, desejos e alegrias, a mostra revela a pluralidade de vivências de pessoas queer nessa fase da vida. As sessões são gratuitas e os ingressos são distribuídos na bilheteria uma hora antes do início de cada sessão.

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1º SEMINÁRIO DE PESQUISA AUDIOVISUAL, HISTÓRIA E PRESERVAÇÃO (02 de junho)

* A palestra será ministrada em espanhol e não haverá tradução.

No-Do: entre la propaganda por la imagen y el nacionalismo banal

MINISTRANTE: Vicente Sánchez-Biosca (Universidad de Valencia – Espanha, REPERCRI)

“No-Do” foi o cinejornal produzido pela ditadura de Franco a partir de 1943, exibido exclusiva e obrigatoriamente em todos os cinemas da Espanha. Além de um meio de propaganda, o cinejornal foi, acima de tudo, um instrumento de socialização do regime franquista, no qual o dogmatismo se misturava com o frívolo e as curiosidades com o heroísmo. Um estudo do campo no qual o conceito histórico do cinejornal está inscrito e sua relação com um país em processo de mudança social e tecnológica e a criação de uma classe média até então inexistente fornecem novas pistas para sua interpretação.

REALIZAÇÃO: Projeto Temático Fapesp Audiovisual, História e Preservação: o lugar dos cinejornais e das telerreportagens brasileiros na construção da memória (1946 - 1974); Escola de Comunicações e Artes da USP; Grupo de pesquisa CNPq "História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação", Cinemateca Brasileira.

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SÁBADO INFANTIL COM O FILME TITO E OS PÁSSAROS (03 de junho)

A Cinemateca Brasileira realiza sessões dedicadas às crianças sempre aos sábados. São exibidos filmes brasileiros e estrangeiros, de diferentes períodos e estilos, de modo a fomentar a formação de público cinematográfico desde a infância. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes da sessão.

Tito e os pássaros

Brasil, 2019, cor, 73min, livre

Direção: André Catoto, Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar

Elenco: Denise Fraga, Mateus Solano, Matheus Nachtergaele, Pedro Henrique

Sinopse: Um menino e seus dois amigos partem para encontrar a pesquisa perdida do seu pai sobre canções de pássaros, algo que pode salvar seu mundo de uma epidemia na qual o medo adoece as pessoas.


Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana

Horário de funcionamento

Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h

Salas de cinema: conforme a grade de programação.

Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados

Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)

Sala Oscarito (104 lugares)

Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão


CINEMATECA BRASILEIRA

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.

O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

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