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Projeto Nossa História na Biblioteca faz parte das atividades da 16ª Feira do Livro
22/04/2016 17:58 em Literatura

Realizado neste ano nas cidades de Ribeirão Preto e São Simão, no Estado de São Paulo, o projeto conta com o apoio da Fundação do Livro e Leitura. Trata-se de um mergulho de estudantes da rede municipal na atividade literária com confecção de um livro artesanal e uma versão digital, a partir de registros da história oral dos municípios envolvidos. Neste ano, o livro tratará da memória de Ribeirão Preto e será lançado durante a 16ª Feira Nacional do Livro

 

Ribeirão Preto (SP), 22 de abril de 2016 – No próximo dia 26 de abril, os escritores Nelson Jacintho e Eliane Ratier participarão de um bate papo com estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Jarbas Massulo, do Parque São Sebastião. O evento acontece na Biblioteca Padre Euclides, a partir das 14h. A ação faz parte do projeto cultural Nossa História na Biblioteca - integrante das atividades da 16ª Feira Nacional do Livro e que neste ano lançará um livro artesanal e uma versão digital durante o evento com memórias de Ribeirão Preto. Toda produção é feita pelos alunos, que se aventuram na coleta de histórias orais e na arte de escrever, se aproximando do universo da leitura e dos autores.

 

O encontro com os escritores é uma das etapas deste projeto, que neste ano,  acontece em duas cidades do interior de São Paulo: Ribeirão Preto (no primeiro semestre) e São Simão (segundo semestre). A iniciativa existe desde 2013 e já passou por cidades da região como Cravinhos, Pontal, Serra Azul e Jardinópolis.

 

Promovido pela Cordel Educação Criativa e a Ong Sara, o projeto conta com apoio do ProAc, através da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e visa manter viva a memória dos costumes e das expressões artísticas que se manifestam oralmente e que servem como base para a cultura e as tradições locais. O objetivo central é promover o estímulo à leitura e à produção literária. 

 

O “Nossa História na Biblioteca” é desenvolvido por meio de ações realizadas dentro de bibliotecas públicas das cidades participantes. A primeira delas é a “Programação Permanente”, que atende adolescentes de 11 a 15 anos, oferecendo oficinas de artes integradas, com destaque para a literatura. Já a outra ação, chamada “Programação Especial”, é composta por atividades abertas à comunidade e voltadas para todas as idades.

 

Além disso, os participantes desenvolvem uma pesquisa de campo para recolher histórias da população local. “A proposta final é construir livros artesanais e digitais, baseados nestas histórias, que farão parte do acervo das bibliotecas públicas e serão disponibilizados para escolas da rede estadual e municipal”, afirma o coordenador da Cordel Educação Criativa, Felipe Pereira. “Ao todo, serão produzidos 100 livros artesanais pelos participantes”, completa.

 

Felipe destaca que o projeto começou na cidade há um mês, com a realização de oficinas. O próximo passo é o encontro com os escritores - uma oportunidade muito esperada pelos estudantes, antes de iniciarem a captação das histórias e a própria produção do livro. “Nossa proposta é que eles conheçam de perto o ofício dos escritores e se envolvam com a arte de escrever”, cita.

 

Como apoiadora do projeto, a Fundação do Livro e Leitura intermedia o contato com os autores locais, efetua o registro fotográfico das atividades e promove o lançamento do livro feito pelos participantes durante a 16ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto como parte integrante da programação. “Já fizemos outras parcerias com a equipe da Cordel Educação Criativa e quando conhecemos o projeto percebemos que era uma ideia que valia a pena incentivar, já que traz diversos benefícios para os participantes e para a cidade. Contribui para preservação da história do município, através da valorização da tradição oral, e estimula a autoria dos alunos”, aponta a coordenadora de programação da Fundação, Laura Abbad.

 

Para Felipe, esse apoio da Fundação é muito importante para a continuidade e sucesso do projeto. “Através dessa parceria podemos trocar experiências dos trabalhos realizados em prol da leitura”.  O coordenador ressalta a visibilidade que a Feira do Livro proporciona não só para o projeto, mas também para os jovens que constroem esse trabalho. “São eles que mais ganham com tudo isso”.

 

O encontro com os escritores no dia 26 de abril é aberto à toda comunidade e gratuito. A Biblioteca Padre Euclides fica na Rua Visconde de Inhaúma, 490, no centro de Ribeirão Preto (SP).

 

Feira Nacional do Livro

“Viva o escritor salve, salve o leitor! O fascinante mundo do romance, do conto, da crônica e da poesia.”

 

Em 2016, o foco da 16ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto estará voltado para o escritor e para o leitor. O desejo da Fundação do Livro e Leitura, entidade organizadora da feira, é jogar luz e garantir o espaço para debates fortemente literários com destaque para os gêneros romance, conto, crônica e poesia. A Feira ocorre de 12 a 19 de junho.

 

A proposta para a edição de 2016 é promover um amplo debate sobre o ato transformador da leitura. O tema, organizado como uma saudação tem objetivo de fazer um chamado. Em junho de 2016, a Fundação preparará o palco para um desfile de vários escritores e cuidará para que eles sejam rodeados de muitos leitores.

 

Sobre a Fundação

Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade - hoje considerada a segunda maior feira a céu aberto do país, realizada tradicionalmente no mês de junho.  

Com uma trajetória sólida e projeção nacional e internacional, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da Feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura com calendário de atividade durante todo o ano. A Fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do Proac. 

A diretoria é eleita para um mandato de dois anos, sob acompanhamento do Conselho Fiscal.  Com nova diretoria, a Fundação se prepara para implementar uma nova política de atuação em Ribeirão Preto e em outras cidades, com projetos na área de formação de professores e mediadores de leitura.

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