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Emiliano Castro lança álbum pelo Selo Sesc que une Brasil, Espanha, América Latina e África
21/08/2020 13:26 em Brasil


Violonista apresenta ‘7 Caminos’, disco de música brasileira inspirado no flamenco, na música latino-americana e cultura africana, com as participações dos mestres Jorge Pardo e Javier Colina (Espanha), Mû Mbana (Guiné Bissau), Camilo Zorrilla (Chile) e os grandes Luciano Khatib e Isadora Nefussi; álbum chega no Sesc Digital no dia 21 de agosto

Para imprensa: fotos de divulgação, capa do disco e ouvir as músicas clique aqui

Ritmos e timbres latinos e de matrizes africanas, com harmonias e melodias do cancioneiro brasileiro e do choro. Um encontro festivo com instrumentação, canto, dança e poesia. Em 7 Caminos, Emiliano Castro faz desta convergência o território do seu violão de 7 cordas em repertório autoral. Composições brasileiras que nascem do choro, Villa-Lobos e Tom Jobim, se inspiram no flamenco e se alimentam nas Áfricas e nas Américas genuínas de Paco de Lucía, Bonga e Pablo Milanes.

Diferentes tons de violão, sabores, humores e sotaques corporais com grandes mestres, 7 Caminos apresenta composições que têm um profundo respeito e conhecimento do universo flamenco, mas que, por verdades da alma, fazem os caminhos de ida à península e volta ao Novo Mundo, e florescem neste território transatlântico. Um repertório que mescla os palos flamencos - a bulería, a soleá, o tango flamenco e a granaína - com o son cubano, a chacarera e a seresta da música latino-americana."É um disco que aproxima culturas e nasce da empatia entre os povos. Revela mesmo conversas musicais passadas que permitiram que estas potências musicais chegassem a ser como são hoje e que sigam se fortalecendo!", afirma Emiliano.

Emiliano Castro (violão 7 cordas) conseguiu reunir um time de respeito. O septeto liderado por ele tem o madrilenho Jorge Pardo (flauta e saxofone), protagonista de diversos capítulos fundadores da história do flamenco e do jazz, o célebre Javier Colina (contrabaixo), jazzista basco residente no flamenco, o "bruxo" e intenso guineense Mû Mbana (voz, tonkorong), que traz os cantos e poesias na língua kriol de seu país e a quem Emiliano dedica uma faixa do disco, Palo Santo, o chileno Camilo Zorrilla (percussão e voz), especialista na música latino-americana e que traz toda a sua experiência camerística, e os brasileiros Luciano Khatib (percussão e bateria), referência das percussões flamencas por aqui e uma espécie ogã de algum orixá andaluz, e a dançarina de flamenco Isadora Nefussi (que gravou sapateados e palmas).

O álbum 7 Caminos chega com exclusividade ao Sesc Digital no dia 21 deste mês e nos demais players de streaming em 26 de agosto. Antes, o público pode conferir o single Milonguero, composição de Emiliano dedicada a Yamandu Costa que traz um encontro entre o choro brasileiro, a milonga argentina, o cuban son e a própria música pop americana, celebrando a mistura entre o flamenco e a música popular brasileira.

7 Caminos começou a ser percorrido em 2006, ano seguinte à volta de Emiliano ao Brasil depois de quase 5 anos em Barcelona, onde foi estudar flamenco e acabou conhecendo um novo e amplo universo latino-americano. Entre idas e vindas, o disco surge da necessidade estética de frequentar aquela região de encontro entre Europa e África. Apenas duas faixas não são compostas pelo violonista - uma de autoria de Francis Hime com Chico Buarque e outra de Vicente Amigo.

Gravado e editado por Adonias Junior no Estúdio Arsis, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, 7 Caminos é um álbum de contrastes e com muita variação musical, sem efeitos e pós-produção. Dinâmico e com muitas trocas de instrumentos, incluindo até uma viola caipira que faz a vez do tres cubano - cordofone muito semelhante a uma guitarra com apenas três cordas duplas muito usado na secção rítmica dos grupos cubanos.

Em texto do encarte, Emiliano define 7 Caminos com um pássaro vermelho, lindo tranquilo, forte e bom, empoleirado em um barco de papel, singrando um oceano muito vivo, do verde-azul preferido delas, num verão atlântico, como bem ilustra Elifas Andreato na capa do álbum.

Repertório do álbum

• Las Minas - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas, voz), Jorge Pardo (flauta), Mû Mbana (voz, tonkorong), Javier Colina (contrabaixo acústico), Luciano Khatib (nudillos, cajón, bateria, darbuka, djembê, palmas), Camilo Zorrilla (congas, bongôs, cajón, pandeirão, bombo legüero, caxixi) e Isadora Nefussi (taconeo - sapateado - com palmas)

• Milonguero - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas, voz), Jorge Pardo (saxofone tenor), Mû Mbana (voz), Javier Colina (contrabaixo acústico), Camilo Zorrilla (congas, bongôs, cajón peruano, afoxezinho de metal, xequerê, campana de pé, campana de mão, güiro, reco de mola) e Luciano Khatib (bateria, cajón, darbuka, djembê)

• Navegando - Manuel Carmona e Emiliano Castro
Emiliano Castro (viola caipira, voz), Jorge Pardo (saxofone tenor), Mû Mbana (voz), Javier Colina (contrabaixo acústico), Camilo Zorrilla (caxixis, congas, bongôs, timbales, splash) e Luciano Khatib (cajón, bateria, darbuka, djembê, palmas)

• Guateque - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas), Mû Mbana (voz e ferrinhos), Javier Colina (contrabaixo acústico), Camilo Zorrilla (caxixis, congas, bongôs, campana de pé, clave, campana de mão, penduricalhos de sementes e metal), Luciano Khatib (cajón, bateria, darbuka, djembê, shaker e palmas) e Isadora Nefussi (taconeo - sapateado - com palmas)

• La Gaviota - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas e voz), Javier Colina (contrabaixo acústico e voz), Camilo Zorrilla (bombos legueros, palmas e voz)

• Atrás da Porta - Francis Hime e Chico Buarque
Emiliano Castro (violão 7 cordas)

• Ensolarada - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas), Jorge Pardo (flauta), Javier Colina (contrabaixo acústico), Luciano Khatib (frame drum, cajón, bateria, darbuka, djembê, nudilos e palmas) e Camilo Zorrilla (pandeirão)

• Palo Santo - Emiliano Castro
Emiliano Castro (violão 7 cordas, palmas e voz), Mû Mbana (voz, tonkrorong), Jorge Pardo (flauta), Javier Colina (contrabaixo acústico e voz), Luciano Khatib (moringa, cajón, bateria, darbuka, djembê, palmas), Camilo Zorrilla (congas, bongôs, pandeirão, penduricalhos de sementes e metal, voz e palmas)

• Morente - Vicente Amigo
Emiliano Castro (violão 7 cordas)

Ficha Técnica

Gravação e edição: Adonias Junior no Estúdio Arsis
Auxiliares de gravação: Gustavo Sant’anna, Daniel Tàpia, Felipe Baldauf
Mixagem: Ricardo Mosca
Masterização: Felipe Tichauer no RedTraxx Mastering
Capa e projeto gráfico: Elifas Andreato e Luis A. Mielle
Organização: Linda Mielle
Fotografia: Pedro Abude
Luz do palco: Pedro Altman
Produção executiva: Circus Produções
Produzido por Emiliano Castro

Sobre o artista

Violonista, compositor, produtor e arranjador, Emiliano Castro gravou em mais de 50 álbuns e diversos projetos audiovisuais. Já atuou por todo o Brasil além da Espanha, França, Holanda, Portugal, Bulgária, Senegal, Peru e Estados Unidos.

Depois do reconhecimento do seu álbum de estreia como solista, Kanimambo (2011) - que contou com a produção musical de Paulo Bellinati e grandes colaboradores - Emiliano lançou diversos trabalhos como intérprete, compositor e produtor musical entre os quais destaca os álbuns Duodelá com Vitor Lopes, Djokerhendam com o grupo Lamérica, Mû Mbana (Guiné Bissau) e Lenna Bahule (Moçambique), TudoQueTocoTuTocas (feito com materiais totalmente reciclados) e Rio Escuro da dupla Iasi Iaco.

Professor de música desde 1995 e cientista social (USP, 2000) é Diretor Adjunto do Instituto d’O Passo (institutodopasso.org) e difusor deste importante método de educação musical presente no Brasil e no exterior. No Instituto Premier de Educação e Cultura, trabalha nas diversas ações musicais do Hospital Premier (premierhospital.com.br), referência continental nos Cuidados Paliativos e é Coordenador Pedagógico do Curso Viver a Música.

Brasileiro, sua primeira infância em Moçambique (1978-1980) marca a relação afetiva, corporal e intelectual que tem com a música e os povos do mundo. Por volta de 1985 iniciou-se no violão popular, tocou por anos a guitarra elétrica, mas foi pelo violão de concerto (destacando o professor Henrique Pinto) que entrou no vasto universo do choro em que veio a se especializar de 1997 em diante. Na Espanha, estudou flamenco por cinco anos com Manuel Granados (Conservatório do Liceu de Barcelona) e é da Catalunha seu primeiro contato profundo com a música latino-americana. Em Barcelona dinamizou a partir de 2001 um movimento de cultivo ao choro brasileiro que segue ativo e em amadurecimento até hoje.

Selo Sesc

Criado há 16 anos, o Selo Sesc tem o objetivo de registrar o que de melhor é produzido na área cultural. Recentemente, foi lançado no mercado digital os álbuns: Sessões Selo Sesc #6: Rakta + DeafkidsSessões Selo Sesc #7: João Donato + Projeto Coisa FinaSessões Selo Sesc #8: Toada Improvisada - Jackson do Pandeiro 100 anos Sessões Selo Sesc #9: ...And You Will Know Us By Trail Of. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da OrquestraO Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck); os CDs físico e digitais Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla SimõesRecuerdos (Tetê Espíndola, Alzira E e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana - um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello), Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas) e o álbum digital Mar Anterior (Grupo ANIMA).

+ Sesc na quarentena

Durante o período de distanciamento social, em que as unidades do Sesc no estado de São Paulo permanecem fechadas para evitar a propagação do novo coronavírus, um conjunto de iniciativas garantem a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. Pelos canais digitais e redes sociais, o público pode acompanhar o andamento dessas ações e ter acesso a conteúdos exclusivos de forma gratuita e irrestrita. Confira a programação e fique #EmCasaComSesc.

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A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado.

Saiba +: Sesc Digital

Serviço

Lançamento do álbum 7 Caminos, de Emiliano Castro

A partir de 21/8 no Sesc Digital
A partir de 26/8 nas plataformas de streaming
Selo Sesc nas redes

sescsp.org.br/selosesc
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